terça-feira, 1 de novembro de 2011

Dois mil luteranos participam de culto no ''Dia da Reforma'' em Campinho

 

Foto: Roberly Pereira

Roberly Pereira

Duas mil pessoas, adeptas das igrejas Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB), lotaram na manhã desta segunda-feira (31) os estandes gigantescos montados na Praça Doutor Arthur Gerhardt, à frente da centenária capela construída pelos imigrantes alemães. 

A multidão pertencente à 14 comunidades luteranas dos dois grupos religiosos chegou a Campinho em mais de 30 veículos coletivos. Os luteranos assistiram ao culto do “Dia da Reforma Luterana”, celebrado por 12 pastores. Uma orquestra com mais de 100 trombones animou o culto, com duas horas de duração. 

O culto foi aberto com orações ministradas pelo pastor da capela Luterana de Campinho, Valdeci Foester, que explicou com detalhes sobre o Dia da Reforma Luterana, que completa nesta segunda-feira 494 anos, com abordagens ao trabalho de Martinho Lutero. Em seguida foi a vez do pastor sinodal Joaninho Borchardt, do Sínodo Espírito Santo à Belém. 

Além deles, participaram ainda os pastores Willy Topfer (Rio Ponte), Anivaldo Kuhn (Melgaço), Wonibaldo Rutzen (Califórnia), Luciano Butzke (Tijuco Preto), Lindomar Raach (Marechal Floriano), Gisele Zimmermann (Domingos Martins), Odair Denzin (Pedra Azul), Everaldo Diecher (Domingos Martins),  Eduvino Krause (Ponto Alto) e Isaías Kipper (Melgaço) 

Antecedendo e durante o culto, os luteranos e moradores de Domingos Martins, foram convidados pela coordenação luterana a saborearam um café da manhã, servido no Pavilhão Luterano. No cardápio destaque para os pães caseiros assados em fornos à lenha, doces de goiaba e banana.

Além das delícias da cozinha alemã que os luteranos puderam degustar, se destacaram também o sabor do tradicional ‘schimier’, uma espécie de queijo pastoso, e o ‘brot’, um tradicional pão caseiro, com ou sem a cobertura de açúcar, comum para os descendentes germânicos. 

Encerrada a celebração, os luteranos foram homenageados com um almoço com comida caseira – feijão tropeiro, arroz, salada, frango frito e carne de boi moída – preparada pelo Restaurante Kalk, de Campinho, sede de Domingos Martins. 

O ex-pastor e ex-vereador Pedrinho Raul Hoppe, que esteve no local, afirmou que este é um dos dias mais importantes para as duas igrejas luteranas em todo o mundo, onde, segundo ele, o nome de Martinho Lutero é mencionado com frequência.  “Na minha passagem pela Câmara Municipal de Domingos Martins foi criado o feriado municipal. É uma oportunidade para todos orarem e entoarem os maravilhosos hinos sacros”, disse Hoppe.

O avicultor Adriano Schneider, que também teve passagem pela Câmara Municipal de Domingos Martins, afirmou que participa todos os anos do culto em homenagem ao trabalho realizado por Lutero lembrando que votou favorável à criação do feriado municipal. “Não podia ser outra forma. Antes os funcionários públicos e lojistas trabalhavam neste dia e não participavam do culto”.

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